A representação, de autoria da deputada Perpétua Almeida, pede para investigar o presidente e seus por crimes de calúnia, difamação, injúria e ameaça contra o Supremo.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre uma notícia-crime apresentada pela deputada Perpétua Almeida (AC), líder do PCdoB na Câmara, contra Bolsonaro e seus filhos: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ).

Denuncia acusa presidente e filhos porfake news em ataques aos premo e adversários
Trata-se do caso envolvendo a remoção de contas pelo Facebook de pessoas ligadas ao presidente e seus familiares. Na representação, a deputada Perpétua Almeida diz que há fortes indícios da prática de inúmeras ações delitivas supostamente praticadas pela família Bolsonaro e aliados, utilizando-se da rede mundial de computadores, para a prática de crimes como calúnia, difamação, injúria e ameaça “contra o Supremo Tribunal Federal e seus ministros, além de agressões e ameaças contra o Poder Legislativo da União e os presidentes da Câmara [Rodrigo Maia] e do Senado [Davi Alcolumbre]”.
A parlamentar pede que a notícia-crime seja incluída no inquérito das fake news, que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros do STF.
Entre as páginas investigadas pelo Facebook está o perfil “Bolsonaro News”. O e-mail usado para registrar o perfil era de Tercio Tomaz, que já foi assessor de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Hoje é assessor especial do presidente, com gabinete no Palácio do Planalto, salário de quase R$ 14 mil por mês e apartamento funcional.
A decisão do ministro foi publicada nesta quinta-feira (23). A procuradoria vai analisar se há elementos contra eles que justifiquem o pedido de abertura de uma apuração no STF sobre os fatos.
Mesmo com os responsáveis tentando ocultar suas identidades, as investigações da rede social encontraram ligações de pessoas associadas ao PSL e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Eduardo, no de Flávio, no do presidente, e também nos de Anderson Moraes e Alana Passos, ambos deputados estaduais pelo PSL no Rio de Janeiro.
O ministro já autorizou a Polícia Federal a acessar dados da investigação do Facebook . O compartilhamento de dados servirá para abastecer duas investigações ao mesmo tempo: o inquérito sobre atos antidemocráticos e o das fake news. Os dois têm o mesmo relator no STF, o ministro Alexandre de Moraes.
Foram tiradas do ar 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram. O Facebook, responsável pelas duas redes sociais, afirmou que foram identificados perfis falsos e com “comportamento inautêntico” — quando um grupo de páginas e pessoas atuam em conjunto para enganar outros usuários sobre quem são e o que estão fazendo.
Com informações do G1 e Portal Vermelho