O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) disse para o UOL que os vetos do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à Lei de Abuso de Autoridade serão derrubados. Ele disse que a a lava Jato quebrou o Brasil e que o povo quer controle contra abusos. No Rio, juízes e juristas ligados a ABJD fizeram o ato #MoroMente.
“Nós vamos derrubar os vetos que são relevantes. O projeto foi bem entendido, a opinião pública é francamente favorável. A campanha da Lava Jato contra o projeto fez água.”
Ex-ministro da Saúde no governo de Michel Temer(MDB), Barros culpou a Lava Jato pela crise econômica brasileira:
“É um trabalho de mostrar que a Lava Jato quebrou o Brasil, optando por uma ruptura que não foi seguida por outros países (…). Esses 13 milhões de desempregados têm que entender que quem patrocinou a recessão foi a Lava Jato.”
#MoroMente
Na noite de ontem, no Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) lançou, a campanha #MoroMente, que critica e expõe os desvios da Lava Lato, bem como os que foram praticados pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e as tentativas feitas por ele de relativizar e normalizar as violações de direitos cometidas ao longo da operação, em especial contra o ex-presidente Luiz Ináio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba.
A ABJD também cobrou a instauração de uma CPI para investigar os abusos e execssos cometidos pelos integrantes da operação Lava Jato.
O evento, realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF), quase foi cancelado devido quase foi cancelado devido a tentativa de censura imposta pelo reitor, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, que tentou impedir a realização do ato. O juiz Jose Carlos da Silva Garcia, da 3ª Vara Federal de Niterói, porém, ainda na segunda-feira, suspendeu a decisão do reitor.
No evento, além de denunciar a denunciar a conduta antiética e ilegal do atual ministro da Justiça, a ABJD cobrou a “abertura de uma CPI para averiguar responsabilidades e eventuais crimes os servidores públicos, que sejam verificadas as condições contratuais dos acordos de leniência das empresas estatais e nacionais no contexto da Lava Jato, que sejam tornadas públicas as investigações e documentos que protegem autoridades que participaram do conluio entre Ministério Público e Judiciário, que sejam convencionados os juízes que atuaram contrariamente à lei violando o princípio basilar da imparcialidade e as garantias do devido processo legal”.
A ABJS pediu, ainda, “que seja devolvida ao povo brasileiro a confiança no sistema de Justiça, contaminado pela corrupção funcional e pela mentira. Ninguém está acima da lei e a verdade histórica permanecerá”.
Veja o vídeo do ato #MoroMente na UFF.