O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), era um dos alvos da facção criminosa que coordenou ataques no estado em setembro do ano passado, como revelou a investigação da Polícia Federal. O nome do petista constava numa lista de alvos que os criminosos queriam ver mortos obtida pelo jornal O Povo. A recompensa para quem matasse Santana era de R$ 1 milhão.
Segundo informações do Portal UOL, Várias autoridades estavam na lista, como o secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque. Segundo a apuração da PF, ele era o principal alvo da facção Guardiões do Estado (GDE). Na tabela, o assassinato do secretário valeria R$ 500 mil.
A PF chegou aos nomes depois de acessar informações no celular de um dos principais chefes da GDE, Ednal Braz da Silva, conhecido como Siciliano.
Num dos momentos mais dramáticos do motim, o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado por policiais militares amotinados na cidade de Sobral, cidade natal e reduto eleitoral do pedetista. Os dois tiros foram disparados por policiais mascarados em frente a um batalhão. O senador tentava furar um bloqueio do movimento grevista com uma retroescavadeira. Apoiadores do motin da PM, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Sem partido – RJ) classificaram como legítima defesa os tiros e pedradas que foram lançados contra Cid Gomes.
Essas manifestações geraram a reação Ciro Gomes (PDT-CE), que partiu com ataques aos irmãos Bolsonaro. “Deputado #eduardoBolsonaro ,será necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua família fizeram com o Rio de Janeiro”
O final da rebelião só ocorreu pela determinação do governador Camilo Santana em não ceder às chantagens dos amotinados. Ele enviou à Assembleia Legislativa do Ceará proposta de emenda constitucional (PEC) impedindo anistia aos amotinados. A PEC foi aprovada em regime de urgência, que estabelece vedação à concessão administrativa ou legal de qualquer anistia ou perdão por infrações disciplinares cometidas por militares comprovadamente envolvidos em movimentos ilegítimos de paralisação ou motim.
“Ele ( o policial militar) pode disputar uma eleição e, se não vencer, reassume as suas funções. Recebe, inclusive, salário no período de afastamento. Faz sentido?,” questiona.