Padre Chicão defende direitos das vítimas de violência no campo

Padre Chicão defende direitos das vítimas de violência no campo
Vítima de um atentado que o deixou cego em 1987 em Mossâmedes, Francesco Cavazuti hoje vive na Itália, de onde acompanha com aflição o aumento de mortes de clérigos, sindicalistas e legisladores que fazem a defesa da terra e da reforma agrária.

Marcus Vinícius

No período entre o fim da ditadura 1985 até a nova Constituição, em 1988, houve um aumento da violência no campo, com mortes e perseguições a camponeses, sindicalistas, padres e leigos da igreja, como Nativo (1985), Padre Josimo (1986), Chico Mendes (1988). A Carta de 1988 legitimou a realização da reforma agrária no Brasil, afirmando o papel social da terra, embora não qualificasse a terra improdutiva. Este hiato levou os grupos mais reacionários do latifúndio – tendo à frente UDR (União Demcrática Ruralista) a se armarem, ameaçando e até mesmo assassinando sindicalistas, padres, legisladores progressistas.

Este período de medo e aumento da violência está de volta.  No governo do presidente Jair Bolsonaro o atual presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é o ex-presidente da UDR,  Luiz Antonio Nabhan Garcia.

Mais: O áudio da reunião do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles deixa claro o direcionamento do governo em favor de grileiros, garimpeiros, madeireiros ilegais.  A fala de Salles coaduna com a MP 910, ou “MP da Grilagem”, assinada em 10 de dezembro de 2019. Esta Medida Provisória 910 permite que terras públicas (leia-se parques nacionais, áreas indígenas ou de comunidades quilombolas) desmatadas com até 2,5 mil hectares (o equivalente a 2,5 mil campos de futebol) se tornem propriedade de quem as ocupou irregularmente, desde que se cumpram alguns requisitos. Traduzindo: a MP 910 regulariza a invasão de terra por grileiros.

Apesar de perdido a validade no dia 19/05, a Medida Provisória 910, voltou à Câmara Federal como Projeto de Lei nº 2.633/2020 . O PL ainda precisa ser votado, mas os seus efeitos danosos já são visíveis. A Polícia Federal denunciou recentemente que 2.000 garimpeiros e madeireiros ilegais invadiram as terras indígenas da reserva Raposa Terra do Sol, em Roraima. A morte de sindicalistas, padres, índios e vereadores progressistas aumentou enormemente nas regiões Norte e Nordeste do país.

História

O Padre Francisco Cavazzuti é uma testemunha viva da violência contra defensores da reforma agrária e de melhores condições de vida para trabalhadores rurais. Na sua luta em favor dos pobres e dos sem-terra, em 1972 correu o risco de ser expulso do País. No dia 27 de agosto de 1987, depois de uma vigília de oração em povoado da paróquia de Mossâmedes, recebeu um tiro no rosto pela mão armada de um jovem e, como consequência, perdeu completamente a vista. Mesmo depois do atentado, excluídos breves períodos de permanência na sua cidade de Carpi, continuou no meio do seu povo anunciando e testemunhando o Evangelho

Nesta entrevista exclusiva, Cavazzuti, que hoje mora na Itália, fala do aumento da violência no campo, e da necessidade do governo brasileiro indenizar as vítimas da violência no campo. Para Cavazzuti, a Comissão Nacional da Verdade tem um débito com sindicalistas, religiosos, clérigos, missionários e religiosos das mais diversas matizes que sofreram violência de grupos armados por fazendeiros e entidades ligadas ao latifúndio. Para ele, pessoas morreram e sofreram violência da qual os governos estaduais e federal não quiseram ou foram incapazes de proteger.

Capa da revista Veja em 1985 mostrava a violência no campo

A que se deveu a violência nos anos 1980 contra lideranças, padres, sindicalistas e por que ela se repete hoje?

Padre Chicão – Se deveu (e se deve) à reação do capitalismo contra o acordar do povo simples, do povo trabalhador. Do povo dos camponeses, do povo sacrificado e injustiçado, e acredito que uma parte importante pelo trabalho que a igreja fez através de seus padres e leigos conscientizados, e que mostraram que o direitos humanos não é só de quem tem dinheiro, e quem tem dinheiro não pode se aproveitar daqueles que não tem.

Por que os padres progressistas incomodavam e ainda incomodam o latifúndio?

Padre Chicão – Não conheço (mais) o modo de pastorar no Brasil. A igreja tem que seguir as palavras do evangelho. Não é o capital de Marx, (as teses) de Lênin ou Mao-Tse-Tung. O evangelho incomoda desde satanás até o grande capital.

O sr. foi vítima de perseguição política. O SNI (Serviço Nacional de Informação) recomendou a sua expulsão do país. Por que?

Padre Chicão – Eles pensavam que nos estamos instalando o comunismo, nunca esta foi a nossa finalidade, e nossa foi instalar a justiça evangélica, o evangelho fala em instalar a justiça em todos os homens, e nos que somos apóstolos do cristo, queremos instalar este modelo.

As Cebs (Comunidades Eclesiais de Base)  incentivaram a participação das pessoas na vida do país, exigindo dignidade, democracia e melhores condições de vida. Este trabalho das CEBs passou a ser monitorado pelos órgãos de repressão, o sr. inclusive foi alvo de inquéritos de agentes do Dops que recomendaram a sua expulsão do país. Muitos dos trabalhadores das CEBs foram perseguidos e mortos. O Estado, na sua opinião, não deve fazer uma reflexão sobre estas perseguições e fazer a reparação às famílias que foram vítimas do arbítrio?

Padre Chicão – Eu fui acusado de ser fundador de três sindicatos. Pois dizia que o povo deveria se unir. A união faz a força. Quando fui a processo, esta frase foi levada contra mim. O juiz disse que eu era marxista, porque esta era uma frase de Marx. Mas na verdade é uma frase do evangelho do filho de Deus. As vítimas devem ser reconhecidas nos seus direitos. O Estado não pode desamparar quem sofreu violências e teve direitos cerceados.

Muitos leigos da igreja ligados às Cebs ou a Pastoral da Terra, foram vítimas de perseguição política, repressão e morte. Um dos casos é o de Dora, viúva de Manoel Porfírio, filho do ex-deputado José Porfírio, que era assessora de Nativo no Sindicato de Carmo do Rio Verde,

Padre Chicão – A lei não é de forma alguma perfeita, não leva em conta os direitos humanos, a vida, a justiça , a honestidade, o direito a viver, ter uma casa, comida, família, descanso. Tudo isto é direito do evangelho, da pessoa humana. Isto sempre foi mal entendido. Para eles a palavra que indicava era comunismo, para mim o era evangelho, era Jesus. Então, todos aqueles que vivem ou viveram esta palavra, merecem reconhecimento do Estado, pois fizeram a luta pela vida, pela dignidade humana, que é o que prega o evangelho.

O  que muda na igreja com o Sinodo da Amazônia?

Padre Chicão – Para a igreja o caminho é o mesmo, o homem. Cristo é o homem, Cristo tem direito a falar, a reunir, a explicar. Asssim a igreja tem direito a falar, a unir o povo, tem direito a fazer com que o povo conquiste suas finalidades, senão é igreja, não é evangelho.

 

Mortos pela violência no campo em Goiás

Livro encaminhado à Comissão Nacional da Verdade (CNV) pede o reconhecimento oficial de 1.196 casos de camponeses mortos e desaparecidos no campo, entre setembro de 1961 e outubro de 1988

Cassimiro Luiz de Freitas. Lavrador, sindicalista e militante (VAR-PALMARES). Morreu em 19 de março de 1970, em Pontalina, três dias depois de ter sido preso. Foi encontrado em péssimo estado de saúde e marcas de tortura. [Fonte: DMV]

Antônio Viana da Costa. Posseiro. Assassinado em 02 de dezembro de 1974, em Aruanã, município de Araguaína, onde os residentes posseiros desde 1963 enfrentaram as tentativas de despejo de um grileiro chegado ali em 1973. Após o assassinato de Antônio, o juiz de Direto de Araguaína ordenou o despejo de todos os posseiros. As casas foram queimadas e os pertences recolhidos à Delegacia. [Fontes: Depoimento D. Pedro Casaldáliga, à CPI da Terra (14/07/1977); Jornal Cinco de Março (20 a 26/06/77); MST].

Sindovaldo. Posseiro assassinado no município de Itaguatins, em 1976. Em 1974, grileiros haviam chegado ao local e, depois de comprar algumas casas dos posseiros, colocaram fogo noutras. Em 1980, oito policiais prenderam e humilharam dois lavradores com posse na mesma área. [Fontes: A Voz Rural, jun/79; F.S.P.(21/08/81); MST].

João Gonçalves Moreira e Nilson Medeiros de Andrade. Lavradores assassinados por espancamento na cidade de Cachoeira de Goiás, por três policiais militares, em 28 de abril de 1978. Os lavradores haviam sido espancados por soldados que eram também acusados de terem enterrado vivos dois outros lavradores. Segundo testemunhas, o corpo de um dos lavradores foi publicamente exposto ensangüentado pelos policiais. [Fonte: Jornal de Brasília, 02/06/78; MST].

Elvécio Rodovalho, Edson Alves Ribeiro. Lavradores. Seqüestrados e mortos em Crixás, em agosto de 1980, por jagunços. O motivo foi a luta pela posse das terras férteis da fazenda Cachoeira.[Fonte: Diário da Manhã (20/06/81); MST]

João Mendes de Souza. Lavrador, dirigente do STR. Assassinado com tiro na cabeça em Colina, em 27 de dezembro de 1980 por jagunços. Trabalhava na terra em sistema de “meia”. O fazendeiro negava-se a continuar o trato. João Mendes resistia e não saiu até o dia de seu assassinato. [Fontes: Chão e Roça – jan/fev. – 1980. MST].

João José Rodrigues (Juca Caburé). Camponês. Preso, ferido a golpes de faca, morreu de hemorragia em 10 de setembro de 1977, Dourados. Participara da organização de Trombas e Formoso (GO). Perseguido pela polícia após o golpe, foi preso e torturado em 1964. Conseguiu fugir da prisão, mas anos depois foi preso novamente, em Dourados (MS), acusado de homicídio. Em 1977, foi encontrado ferido com golpes de faca, que provocaram hemorragia seguida de morte. [Fonte: DMV].

 Antônio Alves Rodovalho, Darcilene Pereira Faria, Ene Júnior (4 anos), Marco Antônio (5 anos). Lavradores e seus filhos. Assassinados em 5 de junho de 1981 na fazenda Cachoeira, município de Crixás de onde havia vários anos uma família de fazendeiros de Crixás. expulsavam com violência inúmeros posseiros. [Fontes: CPT; Diário da Manhã (Goiânia, 20/06/81), MST].

Otaviano Alves Ferreira. Lavrador, posseiro. Assassinado, com 14 tiros, inúmeras facas, diversos ossos quebrados e garganta cortada, na área de 4 mil alqueires da terra devoluta em Araguaçu, em 9 de agosto de 1981. [Fontes: Jornal do Comércio – RJ – 18/09/82; CPT- Nac. folheto de 09/10/81; Folha de Goiás (Goiânia 10 e 18/09/81); MST].

Benedito Ferraz da Silva. Lavrador. Assassinado com tiro na cabeça em 11 de agosto de 1982 no município de Petrolina de Goiás. Ele ia a FETAEG levar os documentos para mover ação de indenização por perdas e danos contra o fazendeiro José Andrade Rezende. [Fontes: CPT, Diário da Manhã (Goiânia, 12/09/82); CPT; MST].

Waldir José Rodrigues. Trabalhador rural, casado pai de duas crianças. Assassinado em 26 de dezembro de 1982 na fazenda Arizona, no município de São Miguel do Araguaia, provavelmente a mando do dono da fazenda. Após a morte, a viúva recebeu Cr$ 5 mil para deixar as terras. [Fontes: CPT, Jornal “Diário da Manhã” (Goiânia, 27/01/82); MST].

Rufino Correia Coelho. Lavrador. Assassinado a tiro em Nazaré em 25 de fevereiro de 1983, ao acudir o velho Guardiano Souza Nascimento, que estava sendo espancado pela policia para confessar onde estavam os posseiros João Celino e João Alexandre, lideranças rurais. [Fontes: CPT; FETAG; MST].

João Soares de Lima. Lavrador. Assassinado em Araguaína em 26 de fevereiro de 1983 por resistir aos grileiros que tentavam expulsá-los de suas terras. [Fontes: CPT; MST].

Tarcísio Satil de Medeiros. Lavrador. Assassinado com três tiros à queimaroupa em 10 de março de 1983 na fazenda Boa Esperança, em Itaberaí pelo proprietário da fazenda onde tinha contrato para trabalhar a safra. O dono da fazenda quis interromper o contrato e retirar sua família das terras. Todo processo após julgamento deu ganho de causa a favor do dono da fazenda, mas não determinou ordem despejo a família. Tarcisio continuou na fazenda por mais algum tempo plantando feijão e arroz. No dia 10, foi até a casa do fazendeiro e foi surpreendido com tiros. [Fontes: CPT–Centro-Sul; FETAEG; MST].

Lourenço Cardoso da Silva. Posseiro. Assassinado com vários tiros, próximo de sua casa, na região de Pau Seco, em Araguaçu, em 25 de abril de 1983 por jagunços desconhecidos. A morte de Lourenço foi encomendada por fazendeiros paulistas que ameaçaram as famílias ali residentes há mais de 13 anos dizendo serem proprietários de toda área. [Fontes: CPT, FETAEG, MST].

Vítimas de conflito no campo de 1985 a 1996

José Carlos Menezes. Peão de fazenda localizada entre Goianópolis e Leopoldo Bulhões. Assassinado por espancamento em julho de 1983 em Goianápolis após combinação de valores para venda do feijão cultivado. Posteriormente, o preço foi descombinado seguindo de discussão e assassinato. [Fontes: CPT, MST].

Belmiro Antônio Filho. Parceiro agrícola na fazenda Baú, município de Niquelândia. Assassinado enquanto dormia em 20 de setembro de 1983 pelos filhos de seu patrão. Belmiro foi ameaçado de despejo pelo patrão, mas não se intimidou e lutava por seus direitos na Justiça. [Fontes: CPT, MST).

João José de Carvalho. Lavrador. Assassinado a tiros em setembro de 1983 na localidade de Taquari, em Porto Nacional por grileiros que tentavam expulsá-los de uma área de 25 alqueires, onde vivia e trabalhava há mais de dezoito anos. [Fontes: CPT, MST].

Cariovaldo Pereira de Araújo. Sebastião Pereira de Araújo. Lavradores. Assassinados a tiros na Fazenda Lajinha, Cristalina, em 25 de março de 1984 por fazendeiros supostos proprietários de terras griladas. Fonte: [MST].

James Carlos da Silva. Posseiro. Hugo Ferreira de Sousa. Lavrador, secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Assassinados perto do povoado de Pau Seco, município de Arapoema, em 9 de agosto de 1984 por jagunços não identificados e policiais. A causa apontada foi conflito de terra entre 38 famílias de trabalhadores rurais e o grileiro de terras. [Fontes: CPT, FETAEG, CONTAG, CEDI n°274. MST].

Cartaz em homenagem a Sebastião Rosa da Paz

Sebastião Rosa da Paz. Lavrador, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, agente pastoral das Comunidades Eclesiais de Base. Assassinado em Uruaçu em 28 de agosto de 1984. Nesta ocasião defendia a causa trabalhista do lavrador Isaias, contra os fazendeiros, proprietários da fazenda da Lavinha de Baixo. [Fontes: CPT, CPT Centro-Sul, MST].

Bartolomeu Coelho Carneiro. Lavrador. Assassinado, em 1 de setembro de 1984, na fazenda Novo Acordo, Porto Nacional por pistoleiros. Bartolemeu foi friamente executado a mando do proprietário que pagou aos pistoleiros a quantia de Cr$ 4 mil e um par de botinas. [Fontes: CPT Arag. Toc., F.S.P. 09/09/84, in: Aconteceu CEDI 276, MST].

Domingos da Cruz do Espírito Santo. Lavrador, posseiro. Assassinado na Fazenda Agropig em Gurupi em 19 de setembro de 1984 por pistoleiros. Os posseiros já tinham o decreto de desapropriação da área, porém a companhia Agropig continuou invadindo e ameaçando os posseiros. [Fonte: CPT, MST].

Salvador Rodrigues Ramos. Lavrador. Assassinado com dois tiros na cabeça em sua casa na Fazenda Cinza, região de Goaianorte, em Natividade, em 27 de setembro de 1984 por pistoleiros da região ligados aos grileiros de terra. [Fonte: CPT, MST].

Dorico Corintio de Sousa. Lavrador. Assassinado com quatro tiros em Bela Vista, em 25 de outubro de 1984 por pistoleiros desconhecidos a mando de grileiros de terra. [Fontes: CPT, MST].

João Alberto e Julia. Lavradores, posseiros, casados. Assassinados na fazenda Pacu, município Santa Terezinha de Goiás, em 11 de janeiro de 1985, por um grileiro, após várias ameaças de retirada de suas terras. Por várias vezes a família fora ameaçada. Fonte: [CPT – Centro Sul Goiás, MST].

Luiz Mendes Carvalho. Lavrador. Assassinado a tiros no Povoado São Pedro em 21 de outubro de 1985 por pistoleiros, após emboscada feita por grileiros. Fontes: [“Nas Terras do Araguaia-Tocantins”, out./ Nov.85. MST].

Cartaz produzido pela CUT a época do assassinato de Nativo da Natividade

Nativo da Natividade de Oliveira. Lavrador, dirigente sindical, secretário rural da CUT. Assassinado na porta do Sindicato no município de Carmo do Rio Verde, em 23 de outubro de 1985, por pistoleiros, após vários conflitos de terra. O crime teve como causa os conflitos de terra constantes em Carmo do Rio Verde. O problema enfrentado pelos lavradores ali provinha do confronto com uma cooperativa de usinas de cana.

O advogado desta fizera ameaça de morte a Nativo e seus companheiros de chapa na ocasião da eleição para diretoria sindical. Ao velório de Nativo, compareceram mais de 1.000 trabalhadores rurais e urbanos. Entre eles, o presidente nacional da CUT, Jair Meneguelli; o bispo de Goiás Dom Tomás Baduíno; diretores da Contag e Fetaeg; representantes de diretórios municipais do PT e dirigentes de mais de quarenta entidades de trabalhadores rurais e urbanos de todo o país. Seu processo encontra-se em fase final de análise na CEMDP. Fontes: [O Popular, dia 24/10/85, O E.S.P. dia 26/10/85, MST].

Domingos da Silva Santarém. Lavrador. Assassinado em sua casa, na fazenda Lavrinha, no município de São João da Aliança em 26 de outubro de 1985 por pistoleiros a mando de grileiro de terra. Fonte: [MST].

“Se eu me calar, quem os defenderá?”, questionava Padre Josimo – Reprodução/ internet

Padre Josimo – O padre Josimo Tavares, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Araguaína -GO (hoje Tocantins), é assassinado 10 de maio de 1986 com dois tiros dados pelas costas pelo pistoleiro Geraldo Rodrigues, em Imperatriz (MA). Pelo crime, Geraldo recebeu 50 mil cruzados de Osmar Teodoro da Silva, proprietário de terras e vereador pelo PMDB. O padre foi vítima da repressão no campo na sua forma privada, em que milícias, jagunços e matadores resolvem, por meio do assassinato, as pendências da posse da terra.

 

 

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