Em culto realizado na Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, contrariando orientações de autoridades da saúde para isolamento, o empresário Silas Malafaia se comparou a um médico e afirmou: “aqui é o lugar de maior proteção”.
Por cerca de 50 minutos, Malafaia incentivou que os fiéis continuassem a frequentar a igreja e disse que “não vou entrar nessa paranoia”, minimizando os riscos do coronavírus.
Na última quarta-feira, Malafaia desafiou mais uma vez as recomendações do Ministério da Saúde de evitar aglomerações e afirmou que não cancelará cultos, nem fechará igrejas por causa do coronavírus.
O comentarista político Leonardo Stoppa chegou a defender a prisão do empresário por descumprimento de portaria do governo que desaconselha aglomerações. “Se tem uma portaria nesse sentido, [de evitar algomerações] deve ser preso, claro, e as pessoas que forem também. O Silas Malafaia tinha que ser preso agora porque ele está incentivando, isso é crime de perigo para qualquer pessoa que sabe um pouquinho de tipificação penal. Ele está incentivando a desobediência civil, uma desobediência a uma portaria da saúde, isso é crime contra a saúde”.
Desobediência
A Igreja Mundial do Poder de Deus informou que os cultos serão mantidos normalmente em todas as congregações.
Circula na internet um vídeo polêmico de uma das reuniões da Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago.
Durante a pregação onde o apóstolo fala em pragas e epidemiais, o líder religioso toma como exemplo o coronavírus, que tem assustado o mundo.
O apóstolo explica que Deus permite essas coisas porque fala e as pessoas não dão ouvidos, então quando Deus fala que vai rir e zombar do povo, ele permite que apareça essas doenças.
Maior templo da Igreja Universal do Reino de Deus, o Templo de Salomão dedicou boa parte de seu culto de ontem ao coronavírus. Na segunda-feira (16), o bispo Edir Macedo, líder da Universal, minimizou os riscos da pandemia e atribuiu a culpa a Satã. Apesar disso, sua maior igreja implantou diversas medidas de precaução.
No altar, o pastor Guilherme Grando declarou:
“Não vamos fechar. Nem em guerra se fecha igreja ou hospital. Enquanto for permitido, ficaremos abertos. Hoje temos três encontros por dia, podemos fazer oito, dez, menores, dentro do limite exigido. Nossa resposta pode ser mais, não menos encontros,” desafiou.
Com informações do UOL e Brasil247
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