Jornalista avalia que tensão entre Bolsonaro e Moro se deve as investigações feitas a pedido do STF, que podem expôr empresários aliados e os filhos do presidente com a rede de fake news que ataca Congresso, Supremo e adversarios.
Pelo twitter o jornalista Kennedy Alencar joga luz sobre o pedido de demissão do ministro da Justiça Sergio Moro:
A PF de Valeixo disse a Moro que apoiadores mais ativos de Bolsonaro na internet têm forte admiração por dois empresários em especial: Meyer Joseph Nigri e Luciano Hang.
Assim, segundo Kennedy Alencar, Bolsonaro teria decido demitir o Diretor-Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, braço-direito de Moro, pelo fato de a PF estar encampando uma investigação contra as milícias digitais que atuam nas redes sociais.
Quem são Hang e Nigri

Luciano Hang, o Veio da Havan

O empreiteiro Joseph Nigri
Luciano Hang é o “Veio da Havan”, que já é investigado pela CPMI (Comissao Mista Parlamentar de Inquérito) das Fake News. Meyer Joseph Nigri é empreiteiro, abraçou a campanha de Bolsonaro em 2018 e o introduziu na colônia israelita no Rio de Janeiro.
STF investe contra “gabinete do ódio”
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última terça-feira/21 a instauração de inquérito para investigar possível violação da Lei de Segurança Nacional em atos em favor do AI-5 e do fechamento de instituições republicanas que tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no domingo (19).
Além desta investigação, o STF também abriu outra para apurar os responsáveis pelo financiamento e divulgação de fake news contra ministros do Supremo. Nestas investigações os ministros determinam que a Polícia Federal investigue. E são estas investigações que colocaram Bolsonaro em rota de colisão com Moro.
Ha em indicativos em Brasília que os filhos 01 (Flávio), 02 (Carlos) e 03 (Eduardo) sejam reconhecidos como mentores da rede de fake news, no “gabinete do ódio”, também estão sendo investigados.
Empresários bolsonaristas
Durante a campanha presidencial, a Folha de SP trouxe no dia 18 de outubro matéria como título “Empresários bancam campanha contra o PT no Whatssap”. A matéria apontou que a campanha de Bolsonaro contou com impulsionamento de notícias do candidato e contra o adversário, Fernando Haddad, que foi feito com investimento de milhões de reais por empresários e empresas. Um dos homes citados foi Luciano Hang, o “Véio da Havan”.
A reportagem esclarece que “Com contratos de R$ 12 milhões, prática viola a lei por ser doação não declarada”. Esta matéria e outras estimulou a criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as fake news “notícias falsas” disseminadas durante campanha bolsonarista, e nos dias atuais por membros da família e/ou governo Bolsonaro.