Em entrevista concedida à Gaúcha Zero Hora, o minstro do STF afirmou que o neofascismo só chegou ao poder ao Brasil porque antes houve um período de autoritarismo judicial com a cumplicidade da mídia.
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), atribuiu aos métodos utilizados na Operação Lava Jato a responsabilidade da ascensão de Jair Bolsonaro (sem partido) à Presidência da República.
Gilmar Mendes criticou o papel da mídia corporativa em alimentar “falsos heróis” como o ex-juiz Sérgio Moro e cobrou uma autocrítica do setor.
“Os meios de comunicação devem fazer uma análise crítica desses fenômenos”, disse ele.
Durante a entrevista ao Timeline, do jornal Zero Hora, na manhã desta sexta-feira (1/5), o ministro deixou claro a sua posição quando comentou a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Para Mendes, a Lava-Jato é a “mãe do bolsonarismo”.
De acordo com o ministro, as escolhas de Moro foram arriscadas, principalmente porque o ex-ministro estava “muito próximo desse movimento político”, disse ao se referir ao bolsonarismo.
Na conversa, Mendes descartou, por ora, o impeachment de Bolsonaro.
“Como o país enfrentaria um impeachment agora? É muito cedo, é preciso aguardar. Neste momento, não há uma insistência, impeachment parece uma palavra banida do vocabulário”, pontou.
Critico de Moro, dos procuradores e da Lava Jato, o ministro acredita que o afastamento do presidente, muito discutido durante a pandemia, é uma ampla construção desses anos todos, “uma verbalização que vinha de Curitiba”.
Com informações do Zero Hora e Conversa Afiada