Enquanto isso procuradores terraplanistas do MPF tentam forçar governos de Goiás e do Piauí a comprarem cloraquina para uso da rede estadual de saúde.
O presidente Jair Bolsonaro é alvo de memes e piadas nas redes sociais após testar positivo para o covid19, embora tenha propagzndeadk que faz uso da cloroquina, medicamento que segundo médicos e cientistas não tem eficácia contra o coronavírus.
“Já pode pedir música: Cloroquina, Cloroquina. Cloroquina lá do SUS. Eu sei que tu me curas, em nome de Jesus”, tuitou um internauta.
O cartunista Maurício Ricardo afirmou que acredita que que todos os exames do Bolsonaro vão dar positivo até o final do governo.
“Livra de entrevista com pergunta chata. Vai salvá-lo dos debates de 2022. Vai dar impressão de que a super cloroquina transforma a doença mortal em gripezinha assintomática”, escreveu.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) fuzilou:
Cloroquina não funciona na pandemia e Bolsonaro não funciona na presidência. Dois fakes.
Justiça barra procuradores bolsonaristas
Segundo a coluna de Rogério Gentile no UOL, duas ações já foram apresentadas pelos escritórios regionais da Procuradoria contra os governos de Goiás e Piauí os obrigando a comprar e receitar cloroquina, mas a Justiça Federal negou a primeira liminar.
Em Goiás, o juiz Euler de Almeida Silva Júnior considerou que a medida levaria a gastos com uma medicação cuja eficácia é “controvertida”. Além disso, daria a impressão pública de que o Judiciário estaria chancelando o seu uso.
A liminar pedida no Piauí ainda não foi analisada pela Justiça. No entanto, o governo estadual, liderado por Wellington Dias (PT), criticou a atuação do Ministério Público, que “quer substituir o chefe do Executivo”.
“Seria mais fácil acabar com as eleições para o Poder Executivo e transferir a responsabilidade pela gestão pública aos membros do Ministério Público”, afirmou o estado do Piauí na petição apresentada à Justiça.
O MPF alega, sem provas, que há muitas evidências, “comprovadas em diversos países”, de que o uso do medicamento no início do tratamento reduz drasticamente os óbitos causados pelo coronavírus. “O rigor científico exigido pela comunidade científica é incompatível com a real situação e necessidade de salvar vidas”, sustenta o órgão.