Em matéria escrita no jornal O Globo, por Geralda Doca e Pedro Paulo Pereira, é revelado que o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) defende o fim do 13º salário, FGTS e férias para os jovens trabalhadores.
A ideia da equipe econômia do governo – Paulo Guedes à frente – é que os jovens trabalhadores sejam submetidos a um regime em que eles desistam do regime de trabalho regido pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e aceitem contratos de trabalho sem os direitos básicos, como férias, 13º salário, jornada de oito horas, pagamento de horas extras, FGTS e outras “liberalidades” que os presidentes “comunistas” Getúlio Vargas, João Goulart e Castelo Branco concederam aos trabalhadores brasileiros nas décadas de 1940 e 1960 do século passado.
Os pagamentos de 13º, férias e FGTS fazem parte das chamadas cláusulas pétreas da Constituição Federal. A ardileza do ministro Paulo Guedes é fazer com que os jovens assinem com os patrões um contrato de trabalho onde desistem destes direitos. A pergunta fica no ar: qual empresa vai querer continuar obedecendo a CLT após a promulgação desta lei?
Pela proposta do “mito”, a aposentadoria integral só será possível com 40 anos de contribuição. Assim um trabalhador que tiver sua carteira assinada aos 18 anos terá que trabalhar até os 68 anos – sem direito a ter nenhum desemprego neste período -, para receber 100% de sua aposentadoria. No caso de não atingir este período de 40 anos de contribuição, o trabalhador poderá se aposentar a partir dos 65 anos, mas com a possibilidade de receber somente meio salário mínimo.